segunda-feira, 23 de maio de 2011

Meu encontro com o Maetro Levino de Alcântara

Levino de Alcântara
















Em maio/2011 estive na Rádio Nacioal de Brasília para uma entrevista. Ao sair do estúdio encontrei uma das figuras mais ilustres da música brasileira, quiça mundial, o maestro Levino de Alcântara. Com uma Alegria contagiante, me abraçou com carinho acolhedor e eu, sem jeito e surpreso só consegui dizer "Nossa, que honra!".

Justa e necessária homenagem
Quase de surpresa, volta à cidade para uma única noite de homenagem um dos mais importantes nomes da história da música em Brasília. É o maestro Levino de Alcântara, que deixou a cidade há 25 anos e cujo grande feito entre nós foi ter criado a Escola de Música de Brasília, instituição que dirigiu até 1985. A Escola de Música de Brasília e várias gerações de músicos da cidade prestam homenagem ao maestro responsável pela formação de várias gerações.

Aos 89 anos, o maestro receberá uma homenagem de mais de 300 músicos, entre instrumentistas e cantores, sob sua própria regência. O evento acontece no Teatro da Escola de Música, que curiosamente até pouco tempo levava o seu nome. Não se sabe porque o reconhecimento foi desfeito.
Músicos que foram alunos e colegas de trabalho do maestro Levino de Alcântara participam da homenagem, como o percussionista Nei Rosauro,  que virá dos Estados Unidos; Marena Sales, no violino; Guerra Vicente, no violoncelo; Glêsse Collet, na viola; Denise Gomes, no violino; maestro Cláudio Cohen, no violino; Toni Botelho, no contrabaixo; Kleber Lopes, no oboé; José Nogueira, na clarineta e Almerindo Gomes, trombonista  que completou 90 anos.
Além deles, músicos de todas as orquestras e coros da Escola de Música de Brasília, compostas por alunos e professores, músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, Orquestra Filarmônica de Brasília e Orquestra Jovem da UnB. No programa, Alvorada do Eescravo, de Carlos Gomes; Concerto para violino e orquestra n.4, em Ré Maior – 1° movimento, de Wolfgang Amadeus Mozart, com a solista Ludmila Vinecka; Concerto para piano e orquestra n.1 – 1° movimento, de Beethoven, com a solista Alda de Matos e o Magnificat, de Heitor Villa-Lobos.
Pernambucano de origem, Levino nasceu em Recife em abril de 1922. Iniciou os  estudos musicais com seu pai e, incentivado pelo maestro Eleazar de Carvalho, transferiu-se para o Rio de Janeiro , onde cursou a Escola de Música do Brasil e o Conservatório Nacional, sob a orientação de Villa-Lobos. E em Brasília foi pioneiro: em 1957, regeu um grande coro no Núcleo Bandeirante, levando arte aos trabalhadores que construíam a capital. Em 1963, fundou o Madrigal de Brasília, até hoje em atividade.
Em 1963, em Brasília, fundou o Madrigal de Brasília, primeiro grupo coral da capital federal, em atividade até hoje. Estimulado pelo Ministro da Educação e Cultura, esforçou-se pela construção da Escola de Música de Brasília, uma escola profissionalizante de música. Hoje, mora em Conceição do Araguaia, onde continua trabalhando com jovens regendo corais.  A apresentação de hoje, apesar de lugar comum, é considerada histórica. Nesta última quarta, dia 18, Levino deu uma palestra sobre a história da EMB, da qual se retirou por discordar dos rumos que tomava em meados dos anos 1980.
A homenagem concerto desta noite começa às 20h, na própria Escola de Música de Brasília, 602 Sul, com entrada franca.
da redação

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